Decifrando a categoria de franquia ideal para sua empresa: Nanofranquia, Microfranquia ou Franquia?
O universo do franchising, com suas múltiplas abordagens e oportunidades, tem a capacidade de transformar negócios locais em marcas amplamente reconhecidas e bem-sucedidas. Para empresários visionários que desejam alçar voos maiores e expandir sua empresa por meio de franquias, a escolha do formato de franquia em que irá atuar é uma das questões a serem analisadas.
Diante das categorias de nanofranquia, microfranquia e franquia tradicional, você já deve ter se perguntado qual a diferença entre elas e como entrar nessas classificações. Por isso entender as nuances de cada uma é interessante para uma estratégia de expansão sólida, inteligente e bem-informada.
Neste artigo você vai ver:
- O surgimento das franquias simplificadas
- Decifrando as nomenclaturas
- A importância da microfranquia e o mistério da nanofranquia
- Construindo uma base validada no mercado de franquias
- Conclusão
O surgimento das franquias simplificadas: Uma jornada pela evolução do franchising
O franchising, desde seu início, apresentava operações mais complexas e investimentos consideráveis. Fast foods, lojas de perfume e escolas de idiomas foram pioneiros nesse cenário, caracterizado por estruturas operacionais robustas e demandas financeiras significativas. Contudo, a dinâmica do mercado conduziu a uma evolução constante no mundo das franquias.
A partir do ano de 2010 no Brasil uma nova fase começou no franchising. O surgimento das franquias com operações simplificadas, de menor investimento e de menos complexidade. A necessidade de complexas infraestruturas cedeu espaço para abordagens mais enxutas e flexíveis, criando as nomenclaturas que vemos hoje sendo citadas: as nanofranquias e microfranquias.
Decifrando as nomenclaturas: Nanofranquia, Microfranquia e Franquia
A evolução do franchising trouxe consigo uma demanda por categorizações mais precisas, levando ao estabelecimento das nomenclaturas que delineiam o cenário atual. A ordem é clara: franquia, microfranquia e, por último, nanofranquia. A distinção central entre elas está nos investimentos necessários para viabilizar as operações.
– Franquia: Representando a abordagem clássica, as franquias convencionais ainda englobam operações maiores e mais complexas. Essas franquias são marcadas por investimentos significativos, infraestruturas físicas, identidade visual e estruturas operacionais completas.
– Microfranquia: A partir da demanda por abordagens mais acessíveis, as microfranquias emergiram como alternativas interessantes. A Associação Brasileira de Franchising (ABF) parametrizou um critério de investimento para categorizar uma franquia como microfranquia, considerando que elas possuem um investimento total de até R$ 135 mil.
– Nanofranquia: O termo “nanofranquia” é mais recente e ainda não possui uma definição oficial padronizada. No entanto, o consenso é que as nanofranquias representam operações extremamente enxutas, com investimentos mais baixos – até 25 mil reais.
O que é importante destacar desses modelos de negócio, é que as nomenclaturas, embora importantes para guiar os investidores, não modificam os fundamentos estruturais do franchising. A lei que regula o sistema permanece consistente, independentemente da categoria. A mesma legislação que rege uma franquia de milhões é aplicável a uma franquia de investimento mais modesto.
A importância da microfranquia e o mistério da nanofranquia
Um estudo recente da ABF revelou o crescente impacto das microfranquias no mercado de franquias do Brasil. A pesquisa destacou um notável crescimento de 87% nos modelos de negócios com investimento inicial de até R$ 135 mil até o ano de 2022. A ABF costuma rever esses valores anualmente, pois questões como aumento de custos sempre são reavaliadas.
O sucesso das microfranquias está vinculado aos investimentos estratégicos das redes para atrair um público mais amplo, explorar novos mercados, adaptar-se à maturidade das franquias e aproveitar um cenário econômico favorável a modelos de negócios enxutos.
Elas são vistas como uma porta de entrada para o empreendedorismo estruturado no Brasil, permitindo a participação de indivíduos com menos experiência e capital, enquanto possibilitam que as redes alcancem mercados além dos centros urbanos principais.
Os setores de serviços e outros negócios lideram a presença das microfranquias, seguidos por alimentação e saúde, beleza e bem-estar. A pesquisa também destacou um aumento nas redes maduras que estão adotando modelos de negócios enxutos.
A pesquisa também examinou aspectos dos planos de negócios das microfranquias, incluindo prazos de retorno do investimento mais curtos em comparação com modelos tradicionais.
O aumento das microfranquias está alinhado à demanda dos empreendedores, refletida nas buscas no Portal do Franchising, onde 85% das buscas estão relacionadas a faixas de investimento de até R$ 100 mil, demonstrando a crescente popularidade das microfranquias no cenário do franchising brasileiro.
A nanofranquia, por sua vez, é uma categoria mais recente ainda não reconhecida pela ABF. O que se tem de informações é que esse termo é usado para descrever modelos de negócios altamente simplificados.
Construindo uma base validada no mercado de franquias
Independente da categoria que o negócio estará enquadrado, o segredo para o sucesso reside na validação do modelo. Antes de iniciar a expansão, é de extrema importância validar a eficácia do modelo de negócios antes de vende-lo como franquia.
Tanto empreendedores quanto franqueadores precisam cuidadosamente considerar a viabilidade de modelos reduzidos em diferentes localidades e tamanhos de mercado. A análise estratégica, pesquisa detalhada e testes preliminares são etapas críticas que devem ser realizadas antes de embarcar na jornada do franchising. Criar planejamentos apenas no papel, com o intuito de se ajustar a investimentos menores, não é uma abordagem apropriada e recomendada.
Conclusão
Se você é um empresário considerando entrar no mundo das franquias, lembre-se: a validação de qualquer um dos modelos é essencial. Não escolha uma categoria apenas porque parece vender mais franquias; escolha o que se alinha ao seu negócio e gere lucros sólidos.
Você pode abraçar diferentes categorias – franquia, microfranquia ou até a intrigante nanofranquia – contanto que a base seja sólida e adaptada ao seu público. Um bom projeto de formatação te ajuda na adaptação dos formatos criando um protótipo para a criação dessa unidade adaptada.
O cliente é a estrela nessa jornada. Sua experiência e necessidades guiam a adaptação do modelo de negócios. Encontrar o ajuste certo e criar uma experiência excepcional é fundamental para o sucesso. Mas lembre-se, não pule etapas: valide sua ideia, teste-a no mercado e planeje com cuidado.
Independentemente do tamanho, do nome ou da categoria, o franchising é uma via de duas mãos entre empresários e clientes. Mantenha o foco no cliente, tenha confiança na sua visão e valide seu caminho para o sucesso no emocionante mundo das franquias.